terça-feira, 26 de agosto de 2008

“Preso da vida”

Olho em redor,
Sinto-me sozinho,
Algures no desconhecido,
Longe dos meus amigos,
Longe da liberdade,
Sinto-me preso,
Preso aquilo que não queria,
Preso a pessoas que não me dão liberdade,
Sou apenas mais um,
Um preso da vida,
Preso esse que sofre,
Sofre por não ter ninguém,
Ninguém que o faça feliz,
Ninguém que o ajude,
Sinto mil espadas a penetrarem em mim,
Sinto a dor,
Sinto que estou sozinho neste mundo,
Mundo este que não é meu,
Meu mundo é longe daqui,
Meu mundo está algures noutro lugar,
Meu mundo está a mil passos daqui…

Daniel Mota
26 de Agosto de 2008
“Preso da vida”

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

“Fragmento do passado”

Sendo não sendo,
Eis a questão,
Sou fruto, do nada,
De nada fui feito,
Em nada me tornarei,
As palavras desaparecem,
Ficam para alem da memoria,
Não serei eternamente,
Não serei recordado eternamente,
Serei sim,
Parte de um passado,
Passado esse que já passou,
Que ficou marcado e guardado,
Apenas em meu coração,
Tu, que estas a ler,
Estas a ler o meu passado,
O passado já passou,
E tu, o que lês-te,
Já se tornou no passado,
Passado esse que já não volta,
Já ficou eternamente,
Eternamente guardado,
Guardado no passado,
Apenas se tornou passado,
E jamais, te recordaras do que lês-te…

Daniel Mota
25 de Agosto de 2008
“Fragmento do passado”

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

“Dor Irreal”

Chora, sente cá dentro,
Esta simples monotonia,
Que torna,
As palavras vagas,
Sem sentido,
Não fazendo sentido,
Aquilo que escrevo,
Aquilo que sinto,
Sinto o vazio,
O vazio é nada,
Nada, não existe,
Existe sim a ausência,
A dor ao longe,
Que perdura,
Que fura,
Que ultrapassa,
Dor que talvez não tenha,
Ou tenha uma ideia,
Ideia de uma dor,
Que perdura em sonho,
Que parece ser real,
Mas ao mesmo tempo,
Irreal,
E tão irreal como tu,
Sem sentido,
Sem razão,
És tu, que fazes o teu caminho,
O caminho com a dor,
O caminho com a ausência,
O caminho de uma pessoa…

domingo, 29 de junho de 2008

“Metáfora de um homem”

Sinto, sentindo que não devia,
Olho, olhando o que não devia,
Escrevo, escrevendo,
Escrevo palavras,
Palavras sinceras,
De quem a sinceridade e maioritária,
Sinceridade, é o que prevalece,
Prevalece acima de tudo,
Acima dos meus sentimentos,
Acima da razão,
Do sentimento,
Aquele que sinto,
E que, jamais se esquece,
Ou se tenta não esquecer,
Sou feito, não sei do quê,
Não sei se sou humano,
Não sei se sou de carne,
Por dentro, sinto-me vazio,
Sinto-me oco,
Como uma cana,
Talvez sinta, um sentimento,
Talvez dor, talvez paixão,
Não sei,
Talvez seja, feito de outra coisa,
Coisa essa, que não sei o que é,
Talvez palavras,
Talvez letras,
Não sei, talvez me reste,
Uma virgula, ou um ponto,
Uma letra, ou uma palavra,
Talvez seja, uma metáfora de um homem,
Ou quem sabe,
Um coração feito de ouro,
Recoberto de sangue,
Com uma crosta de carne,
E a quem deram o nome,
Que uso e continuo a usar,
Sem saber que destino hei de dar…

Daniel Mota
29 de Junho de 2008
“Metáfora de um homem”

domingo, 15 de junho de 2008

“Sozinho”

Sinto-me só,
Apenas só,
Olho a minha volta,
E ninguém vejo,
Será que mereço isto?
Será que ficarei eu sozinho?
Preciso do meu refugio,
Apenas, preciso dele,
Apanhar a brisa,
Olhar as estrelas,
Desabafar com eles,
São eles que me compreendem,
São eles que me dão vida,
São eles que me orientam,
Neste mundo sem rumo,
Do qual jamais, vou encontrar,
Tal rumo,
Tal vida…

Sinto-me sozinho,
Apenas sozinho,
Olhando em redor,
Vejo-me só,
Não há ninguém,
Não há amor,
Não há paixão,
Coração, está vazio,
Alguém o roubou,
Quem terá sido?
Não sei, gostava de saber,
Para reivindicar, tudo o que foi meu,
Tudo o que poderia ter sido,
Mas, foi um roubo destrutivo,
Que destruiu o coração,
Deixando-o apenas,
Sozinho e magoado,
Sinto-me sozinho…

Daniel Mota
15 de Junho de 2008
“Sozinho”

sábado, 7 de junho de 2008

“Não sei...”

Uma nova luz,
Desceu sobre mim,
Não sei o que fiz,
Não sei se foi merecido,
Sinto algo cá dentro,
Algo forte, talvez,
Talvez amor,
Talvez paixão,
Não sei...

A loucura,
Deu-me uma nova luz,
Aquilo que pensava não conseguir,
Surgiu, como força,
O que devo fazer?
Serei eu capaz de aguentar,
Tudo isto,
Não sei, talvez...

O coração,
Que estava partido,
Talvez se tenha regenerado,
Dando um nova forma,
Dando consistência,
Perfeito, talvez,
Saberei eu lidar com isto,
Talvez, não sei...

Gostava de poder saber o futuro,
Para não voltar a sofrer,
Para não fazer sofrer,
Eu sinto,
Eu vivo,
Vivo um sentimento,
Que talvez não seja meu,
Serei eu capaz de corresponder?
Serei eu correspondido?
Não sei, talvez...

Daniel Mota
7 de Junho de 2008
“Não sei...”

terça-feira, 3 de junho de 2008

“Ser Poeta”

Pinto em mim,
Tudo o que quero,
Tudo o que quero sentir,
Tudo o que quero demonstrar,
Poeta, faz-se de palavras,
Sente, imagina,
E vive cada palavra,
Cada sorriso,
Cada lágrima,
Ser poeta e ir além,
Além do horizonte,
Além do imaginável,
Ir além de um sentimento vivido,
De um sentimento que jamais foi sentido,
Palavras que descrevo,
Talvez, como as que quisesse viver,
Como as quisesse sentir,
Talvez verdadeiras,
Talvez inigualáveis,
Ser poeta e dar uso as palavras,
Sentindo o que elas querem sentir,
Vivendo o que elas vivem,
Sou feito de palavras,
Palavras que me constroem,
Me dão vida,
Me dão sentido,
Ser poeta e dar vida as palavras…

Daniel Mota
3 de Junho de 2008
“Ser Poeta”

“Loucura”

Serei louco,
Virei louco,
Não sei,
Sinto-me diferente,
Algo em mim mudou,
Cometo loucuras,
Que jamais pensaria comete-las,
A loucura,
Parece ter-se apoderado de mim,
Porquê eu?
Serei eu o louco?
Porquê?
A indiferença mudou,
A minha maneira de ser,
A minha maneira de viver,
Vivo como nunca vivi,
Sinto-me só,
Neste mundo,
Mundo este que me abandonou,
Deixou-me,
Deixou-me enlouquecer,
Deixou-me a deriva,
E agora?
Que posso eu fazer?
Deixou-me andar,
Continuo a deriva neste mar só,
Mar este que me rouba as forças,
Começo a afogar-me,
Sairei eu daqui?
Sairei eu desta vida?
Sairei eu desta loucura?
Não sei,
Espero,
Até que alguém apareça,
Para me salvar…

Daniel Mota
3 de Junho de 2008
“Loucura”

terça-feira, 27 de maio de 2008

“Limite do Coração”

Olho ao longe,
Vejo meu coração partir,
Não sei se seria meu,
Ou dela,
De quem não me merecia,
Talvez seja isso,
Não percebo porquê,
Não sei porque estou sozinho,
Não sei porque estou nesta vida,
Não sei porque e que sofro desta maneira,
Sofro calado,
Sentindo cá dentro,
Ninguém imagina a dor que sinto,
Ninguém ao ler isto imagina,
Eu sinto,
Meu coração a fugir,
Começo a não conseguir sentir,
Começo a não sentir o coração,
Começo a sentir o vazio,
A ausência de um sorriso,
A ausência de uma lágrima de alegria,
Pois agora,
Só sinto as lágrimas da ausência,
Da falta que ela me faz,
Não consigo,
Esquecer de vez,
O sentimento é forte,
Demasiado forte para esquecer,
Esquecer num mês, ou em vários,
Não consigo,
Eu ainda sinto,
Pouco mas sinto,
Jamais vou deixar de sentir,
É algo, que me ultrapassa,
É algo, que não quero esquecer,
Alegrias? Ou tristezas?
Talvez as duas,
Não quero esquecer,
Quero viver neste mundo,
Com a memoria,
De que lutei,
Atingi todos os meus limites,
Não deu certo,
A culpa não terá sido só minha,
Será dela?
Será da distância?
Não sei,
Talvez seja,
Recordo com alegria todos os momentos,
Não vou esquecer,
Esquecerei, quando deixar de respirar,
Esquecerei, quando ficar sem memoria,
Esquecerei, jamais…

Daniel Mota
27 de Maio de 2008
“Limite do Coração”

quinta-feira, 8 de maio de 2008

“Algures perto do céu”

Sente o vento,
Respira toda esta pureza,
Olha o céu,
Deslumbra todos os raios,
Sente o cheiro,
Estarei onde,
Estarei numa terra,
Longe do mar perto do céu,
Onde o ar é puro,
E purifica,
A alma,
O coração…

Terei eu um coração puro?
Terei eu uma alma pura?
Não sei,
Isso passa-me ao lado,
Sou quem sou,
Apenas o que sou,
Perfeito, eu sei que não sou,
Não serei,
Tento caminhar para a perfeição,
Mas não sei se consigo,
Eu tento, mas,
Não conseguirei…


Daniel Mota
8 de Maio de 2008
“Algures perto do céu”

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Locais de Venda do livro "Alma, Um Espelho"


Locais onde podem encontrar o livro a venda.

domingo, 4 de maio de 2008

“Dor Cruel”

A maior dor sentida,
É a dor do amor,
Conjugada com o momento perdido,
E uma lágrima
Que veio em seu auxílio,
De forma, a tentar minimizar essa dor,
Que e tão cruel,
Tão dura…

Dor provocada por alguém,
Alguém que sem querer te fez sofrer,
Alguém que não sabe o que quer,
Alguém que não quer ver,
Alguém que perante uma verdade,
Se acomoda,
E não tem resposta…

Sinto, sofro,
Que culpa tenho eu de amar desta forma,
Forma tão horrenda,
Tão dura,
Sinto, sofro,
Porquê eu,
Porque haverei eu de sofrer desta forma,
Desta forma dura,
Que me deixa em baixo,
Que me transforma,
Naquilo que não sou,
Quero, ter alguém que me mereça,
Quero, ser amado,
Quero, ser feliz,
Quero não sofrer mais…

Daniel Mota
4 de Maio de 2008
“Dor Cruel”

quinta-feira, 1 de maio de 2008

“Estremecer de um sentimento”

Estremeço,
Cai uma lágrima,
Não sei porquê,
Algo me transforma,
Ouço vezes sem conta,
Só me apetece chorar,
Toca-me intensamente,
Não sei de que sou feito,
Talvez de água,
Talvez de dor,
Talvez seja meu destino sofrer,
Sofrer com tudo o oiço,
Sofrer com tudo o que sinto,
Sou apenas um fruto de uma lágrima perdida,
No meio de um oceano,
Sou apenas fruto de uma dor sentida,
Sentida por todos os que sentem e sofrem,
Sou apenas fruto da imaginação,
Sim tu, és tu que me imaginas,
Não sentes o que é esta dor,
Esta lágrima que cai,
Este sofrimento,
Este sentimento,
Sentimento que perdura,
Sentimento que não se cala,
Ele teima em existir,
Vezes sem conta,
A memoria me trai,
Trás o meu passado,
Os sentimentos que vivi,
Os sentimentos que sinto,
Os sentimentos que perduram,
Os sentimentos…

Daniel Mota
1 de Maio de 2008
“Estremecer de um sentimento”

quarta-feira, 30 de abril de 2008

“Futuro que espreita”

Alguém me despertou,
Despertou quem está dentro de mim,
Deu-me uma nova vida,
Um novo rumo,
Rumo que segue águas turbulentas,
Jamais navegadas,
Talvez contra tudo e todos,
Ninguém me impedirá,
Serei forte,
Terei coragem,
Ganharei a guerra,
Eis-me aqui,
Pronto para tudo…

Talvez uma poetisa me tenha despertado,
Alguém que me deu força,
Sem saber,
Nova luta,
Nova conquista,
Não sei,
Olho para trás,
Vejo o passado,
Olho em redor,
Vejo o que tinha a meu lado,
Olho em frente,
Vejo o futuro que espreita,
Ergo a cabeça,
E caminho em sua direcção,
Sem medo,
Sem rancor,
O passado fica para trás,
Não me fará falta,
Apenas o futuro interessa…

Daniel Mota
30 de Abril de 2008
“Futuro que espreita”

domingo, 27 de abril de 2008

“Aquele que sofre”

Olha a tua volta,
Sente o que te rodeia,
Olha o destino,
Sente quem tens a tua volta,
Olha o sorriso,
Sente o pulsar de seu coração,
Olha a tua volta,
Sente os teus amigos,
Olha para dentro,
Sente quem te tem…

Sorriso de quem te rodeia,
Sorriso de quem se quer aproveitar,
Sorriso de quem tem outras intenções,
Lágrimas de quem te quer,
Lágrimas de quem sofre,
Lágrimas de uma paixão impossível,
Lágrimas de um momento de emoção,
Lágrimas porquê?
O sorriso esconde as lágrimas,
Quando teimam em cair,
Quando o coração sofre,
Mas sofre calado,
Em silêncio…

Daniel Mota
27 de Abril de 2008
“Aquele que sofre”

sexta-feira, 25 de abril de 2008

“Lógica”

De que serve uma palavra,
Quando ninguém a ouve,
De que serve um sentimento,
Quando ninguém o sente,
De que serve uma lágrima,
Quando ninguém a vê,
De que serve um olhar,
Quando ninguém se cruza,
De que serve um beijo,
Quando ninguém o dá…

Palavra que descreve um sentimento,
Regado com uma lágrima,
Ao sentir o olhar,
Longe de um beijo,
Ouve, sente, vê,
O olhar que se cruza,
Dá o que ninguém vê, sente ou ouve,
Sente por si só,
Sê único,
Sê quem és…

Daniel Mota
21 de Abril de 2008
“Lógica”

quarta-feira, 23 de abril de 2008

“Sinfonia de um Beijo”

Com um beijo,
Tudo se transforma,
Transforma a alma,
O segredo que a alma esconde,
Num beijo que a alma vive,
Um sentimento jamais vivido,
É neste sentimento,
Que uma alma transforma um beijo,
Em doces momentos,
Jamais vividos,
Jamais sentidos,
É neste sentimento,
Que ela transforma,
Que ela dá,
É neste sentimento,
Que minha alma se encontra,
Encontra o beijo certo,
De forma invulgar,
Sem sentido,
Sem nexo,
Aquele que se dá,
Com carinho,
Com paixão,
Aquele que é sentido,
Não por um, mas por duas pessoas,
Aquele que é verdadeiro,
Aquele que jamais é esquecido,
Aquele que é único,
Aquele beijo…

Daniel Mota
21 de Abril de 2008
“Sinfonia de um Beijo”

segunda-feira, 21 de abril de 2008

"Alma, Um Espelho"





Livro "Alma, Um Espelho"
Preço 10,50€